segunda-feira, 9 de maio de 2011

Visita ao Museu da Hera - Vassouras/RJ
  A Casa da Hera pertenceu a Joaquim Teixeira Leite, um dos mais importantes comissários de café da região. Não se sabe com exatidão a data de construção da casa, mas podemos situá-la na primeira metade do século XIX. A casa passa a ser propriedade dos Teixeira Leite por volta de 1840, quando, na iminência de seu casamento, Joaquim compra a casa para viver com sua futura esposa, Ana Esméria (Correia e Castro) Pontes França. Ele, vindo de uma linhagem de “capitalistas do café”; ela, filha de um dos principais cafeicultores da região: quando se casam a nova família torna-se imediatamente parte da aristocracia de Vassouras e sua casa se converte num dos principais palcos por onde transitavam homens e mulheres ilustres da época. A casa foi cenário de festas e saraus, um local onde se fazia comércio e se discutia finanças e política.
   Ali nasceram as duas filhas do casal, Francisca e Eufrásia Teixeira Leite. Elas viveram na casa até 1873, quando, após a morte dos pais, partiram a bordo de um vapor para Paris, onde passam a residir.
  Eufrásia só voltou a frequentar a casa, em períodos esporádicos, já nos anos 20, após a morte da irmã. Em 1930, aos 80 anos, ela morre em seu apartamento no Rio e é então que começa a história da casa como museu.
  Como não possuía herdeiros diretos, Eufrásia doou toda sua fortuna: após longas disputas que se seguiram a abertura do testamento, seus bens foram divididos entre seus beneficiados. A Casa e todo seu conteúdo foram entregues às Irmãs do Sagrado Coração de Jesus, proprietárias do então Colégio Regina Coeli no Rio, com uma cláusula que garantia a indissolubilidade e manutenção da integridade da casa e de seus objetos. Na década de 50 este conjunto passa a constar da lista de bens tombados do país e o Patrimônio acaba por assumi-lo em 1965.
Daquele momento em diante, por um convênio de caráter permanente entre
as herdeiras e o Governo Público Federal, a guarda e o controle do Museu ficaram a cargo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Em 2009, o Museu Casa da Hera passou para a guarda do recém criado Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM), do Ministério da Cultura.



Acervo:
  A Casa é composta por 22 cômodos distribuídos em área social, íntima e de serviço. Além do acervo composto de mobiliário, porcelana, prataria, quadros e objetos de uso pessoal e doméstico, o acervo possui ainda uma biblioteca com cerca de mil volumes e três mil periódicos da época. Destacam-se também o piano francês Henri Herz, do século XIX, o único exemplar em funcionamento no mundo, e a coleção de indumentárias assinada por mestres da alta costura francesa.
  Em nossa visita, foi possível ver quase toda a coleção de indumentária mas infelizmente não era permitido fotografar.
  Algumas fotos tiradas por mim do que foi possível fotografar seguidas de algumas que encontrei em sites variados que mostram um pouco do interior da linda residência:








É incrível ver pessoalmente todo o acervo do museu, vale muito a pena visitar!
Feliz desaniversário.

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